sexta-feira, 12 de março de 2010
Quando o sol bater na janela
quinta-feira, 11 de março de 2010
O que foi dito
Allez Lyon!
Vannucchi no ataque

Vice pra quê?
quarta-feira, 10 de março de 2010
Companheiro meritíssimo

Como vale esse meu verde
terça-feira, 9 de março de 2010
As folhas do tempo


Ex-colônias, ex-colonizadores
Espirro de porco
segunda-feira, 8 de março de 2010
O que foi dito
Dilma na Tribune
Cores de Frida Kahlo

Se você vier por aqui até abril próximo, deixo uma sugestão: pegue um trem e vá a Bruxelas, entorno, região metropolitana de Paris. Uma hora e pouquinho, e você estará lá. O Palácio de Belas Artes da capital belga recebe, até 18 do mês que vem, a exposição Frida Kahlo y su mundo. São 19 quadros, desenhos e várias fotografias que imprimiram no Século XX todo o simbolismo e o surrealismo em que viveu a artista mexicana. Seus dramas - o acidente aos 17 anos, as sequelas que arrastou por toda a existência, o casamento atribulado com Diego Rivera - parecem saltar das telas. Confesso que, cada vez que vejo uma, fico tocado com a força que os traços e as cores conseguem exprimir. Fico mesmo sensibilizado com a dor que sinto vir de lá. E me pergunto que tintas são essas... Para mais um pouquinho sobre a exposição, vá em http://www.youtube.com/watch?v=pt97x6_SpbM&feature=player_embedded#.
Risco de degola
Bomba-relógio
domingo, 7 de março de 2010
Professores e professores

Pesquisadores americanos se perguntaram porque professores universitários tendem tanto a ser de esquerda. E descobriram que, na realidade, a questão a ser posta era outra: por que tantos esquerdistas, muito mais que conservadores, desejam ser professores? A explicação está no estereótipo, principalmente o criado no universo das ciências humanas e sociais, em que se costuma imaginar alguém de óculos, laico e esquerdista, blêiser de tweed, fumando um cachimbo e dono de longas frases. A reputação de esquerdismo e laicismo do ensino superior, dizem os pesquisadores, é resultado dos últimos 35 anos, que desestimularam alunos conservadores, ainda no ambiente universitário contaminado por aquelas ideias, a aspirarem à profissão de professor. Tudo bem. Mas penso que isso vale para países como os Estados Unidos e a França. Para o Brasil, não se aplica. Enquanto eles viviam, por exemplo, um 68 agitado, nós amargávamos um AI-5. Vinte anos de ditadura militar destruiu o sistema universitário nacional, cassou muitos professores e tangeu outros tantos das salas de aula durante uma década, pelo menos. A lacuna foi, obviamente, muito bem ocupada por gente conservadora, despreparada e com ligações clericais. Tanto mais porque, na nossa cultura, os pseudointelectuais de direita buscam sempre vínculos acadêmicos para sustentar e validar uma inteligência que não têm. Henry Kissinger, ao que me consta, nunca se intitulou professor, apesar de longo período de serviços a Harvard. O mesmo ocorreu com Claude Lévi-Strauss, que morreu aos 100 anos se chamando antropólogo. No Brasil, no entanto, professor é um título cuja sonoridade a direita adora: Roberto Campos, Delfim Netto, Mailson da Nóbrega, Fernando Henrique Cardoso. Uma coisa, eu digo: muito mais do que daqueles que o usam indiscrimidamente, tenho medo é dos que por eles são formados.