quinta-feira, 11 de março de 2010

Vannucchi no ataque

Paulo Vannucchi, Secretário Especial dos Direitos Humanos, passou por Paris e deu entrevista à revista L'Express. Defendeu ardorosamente a Comissão da Verdade como uma forma de apurar todas as violações de direitos humanos ocorridas durante o período da ditadura militar no Brasil para que o "país não repita esses erros" e "tire lições de sua própria história". Fala de 400 mortos e 10 mil torturados pelo regime. E ironiza os militares de pijama, como o general Maynard Marques de Santa Rosa, ao dizer que vivem "reunidos em clubes" e que "não evoluíram".

Sem esconder as diferenças com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, Vannucchi acusou-o de inerte ao atestar que, diante da criação da Comissão da Calúnia pelos militares descontentes, ele simplesmente "não reagiu".

E confessou que, no calor do episódio, pediu demissão a Lula, mas o presidente não aceitou.

Fica a dúvida a ser posta a Vannucchi: do ponto de vista dos direitos humanos, como é que ele avalia o caso do dissidente político cubano, que o presidente comparou a um bandido paulista comum?

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