terça-feira, 27 de abril de 2010

O valor do juízo



Já contei essa história a alguns amigos. Mas não canso de repetir. Talvez porque ela me faça pensar sobre como julgamentos podem ser tortos e como todos devemos filtrar bem as impressões alheias a nosso respeito.

Outro dia, revirando os tais arquivos dos quais já disse aqui o quanto gosto, parei numa comunicação de trabalho rotineira, mas bem peculiar. Era um texto em que o chefe se dirigia ao seu superior para agradecer a designação de um novo funcionário. E, ao mesmo tempo, pedir que o sujeito fosse transferido pra "outra repartição" porque "suas aptidões dificilmente se enquadrariam" numa equipe que tratava de temas de tão alto nível, como era a comandada pelo chefe. "Sem que isso implique em qualquer restrição de ordem pessoal" ao funcionário. Claro que não, imagina.

Em linguagem diplomática, isso quer dizer: "Tira essa besta urgentemente de perto de mim".

O nome do chefe, nem vale a pena citar. Você, com toda certeza, não saberá quem é. Mas o incompetente a quem ele se referia, aposto que você conhece.



3 comentários:

Rainha do Maracatu disse...

Adorei.

Miss G. disse...

Eu sempre digo que a sorte da música é que o "poetinha", ops, Embaixador Vinícius, era diplo.. se fosse Ofchan, ipanema provavelmente não teria a sua garota!

Adriana Cavalcante disse...

Vou pelejar até conferir ao vivo e a cores também!