
Ser Brasil está na moda. Além do orgulho próprio dos brasileiros de andar pelo exterior portando camisas da seleção, em que pese os tempos de pífio desempenho, é considerável o número de não-brasileiros usando algo que lembre nosso país.
Em lojas de esporte e até de souvenir pela Europa, creiam, há camisas de Robinho, de Kaká (cuja pronúncia, em francês, quer dizer cocô) e de Ronaldo (Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem). Nos supermercados, são destaque os produtos com origem brasileira, como os sucos feitos com laranja do Brasil.
Encontrei nas praias do sul uma francesa de uns 19 anos com biquíni em estampa da nossa bandeira. À pergunta da Carol se era brasileira, ela respondeu com um sorriso desolado: "Non, malheureusement non". Não tinha qualquer laço que a unisse a terras exóticas e tropicais além do da simpatia.
Outro dia, vi em Praga um sujeito eslavo com uns sapatos todos desenhados também com a nossa flâmula. Eram tão rudimentares, os calçados e o seu proprietário, que acredito que o porra-louca os comprou em uma grife ecológica-sem-recursos dessas que pipocam por aí ou ele mesmo os produziu no quintal de casa.
Em suma, já somos uma espécie de marca.
Fulguras, ó Brasil, fodão da América!